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11 cachoeiras no Vale do Capão que farão você querer morar na Chapada Diamantina!

Vale do Pati

Você provavelmente já ouviu falar das cachoeiras no Vale do Capão. A Cachoeira da Fumaça é uma das mais famosas do Brasil e, com certeza, a queridinha da Chapada Diamantina. O Vale do Pati também traz turistas do mundo todo para conhecer a Bahia.

Esses lugares e vários outros mirantes, rios e cachoeiras ficam próximos à região do Vale do Capão e tornam esse povoado ainda mais interessante.

Onde está o Vale do Capão?

Primeiramente, o nome oficial atual do Vale do Capão é Caeté-Açu.

Por isso, se você procurar Vale do Capão no mapa, pode não encontrá-lo.

A vila é um distrito da cidade de Palmeiras, um dos principais polos turísticos da Chapada Diamantina, na Bahia.

Como é o Vale do Capão?

Imagine uma pequena vila de dois mil habitantes do interior da Bahia que une a população local com pessoas de várias partes do mundo. Isso deixa o local com uma cultura bastante diversificada, mas em que prevalece a paixão pelo meio ambiente e a busca por um estilo de vida mais tranquilo e feliz.

O Capão é o paraíso dos vegetarianos, com muitas opções de alimentação para esse público. Lá também é um ótimo lugar para artistas e é comum ver formas de expressão pelas ruas.

Mas não se engane se você acha que o Capão é um lugar apenas de sossego e tranquilidade. Lá também é palco de muitas festas e festivais, principalmente de música eletrônica.

Toda essa diversidade torna o Vale do Capão interessante de conhecer. E, muitas pessoas que chegam lá, não querem mais ir embora.

Onde ficar no Vale do Capão?

Apesar de pequeno, o povoado tem muitas opções de hospedagem. Por onde eu andava encontrava campings e outras alternativas como ecopousadas.

Apesar disso, você também encontra hotéis tradicionais, hostels ou casas para alugar na vila.

Tenho dois amigos que moram lá e alugam um quarto com banheiro privativo para hóspedes. Você ainda pode usar a estrutura da casa, como a cozinha, por exemplo.

Eles conhecem vários lugares por ali e podem dar dicas que fogem do óbvio de um passeio turístico. São uns amores e fizeram minha estadia no Vale do Capão ser diferenciada. Deixo aqui o contato do Gustavo para quem quiser mais informações.

Quando ir ao Vale do Capão?

Diferentemente de outras partes da Chapada Diamantina, o Vale do Capão tem uma temperatura bem agradável. Por isso, eu o considero um bom destino para visitar o ano todo.

Veja também outras cidades para se hospedar na Chapada Diamantina.

Se você quiser evitar as chuvas, então recomendo fazer sua viagem entre maio e outubro. Porém, saiba que as cachoeiras estarão mais vazias, ou até secas.

Por isso, eu gosto mais de ir para lá no verão, mesmo que o tempo nem sempre esteja bom.

O que fazer no Vale do Capão?

Existem muitas cachoeiras no Vale do Capão, mas a vila não vive apenas de passeios em meio à natureza.

A feira do Vale do Capão é, provavelmente, a mais famosa da Chapada Diamantina. Ela ocorre aos domingos e oferece de comidas típicas a roupas e artesanato.

Outro evento tradicional é o Circo do Capão, que costuma ocorrer aos sábados.

Se você gosta de experimentar a culinária local, prove o famoso pastel de palmito de jaca e o mel da região.

11 Cachoeiras no Vale do Capão

Agora seguem as minhas 11 cachoeiras preferidas na região.

1. Cachoeira da Fumaça

Cachoeira da Fumaça no Vale do Capão
Cachoeira da Fumaça

O primeiro lugar não pode deixar de ser da Cachoeira da Fumaça. Com seus 340 metros de altura, ela já foi considerada a maior cachoeira do Brasil e é, com certeza, uma das quedas d’água mais impressionantes do país.

Além da sua altura e toda a vista que se tem do topo da cachoeira, o que mais chama atenção é a forma como a água cai.

Por causa do vento e da geografia do lugar, muitas vezes, a água é jogada para cima formando a “fumaça” que dá origem ao nome da cachoeira. Além disso, é bem comum encontrar o arco-íris por lá que se forma quando tem sol e água.

Ou seja, a Cachoeira da Fumaça é realmente muito linda e a trilha para lá também tem uma vista panorâmica da região, sendo uma das melhores cachoeiras no Vale do Capão para se visitar.

A trilha dura 4 horas (ida e volta), aproximadamente. Ela é moderada porque tem um subidão e demanda fôlego. Se você for sem guia, use um aplicativo como o Maps.Me para não se perder. Ele funciona bem por lá.

Eu recomendo que você faça a trilha com a Civitatis. Ela é parceira do blog, é confiável, e apenas fecha com guias locais que realmente conhecem a região e proporcionam uma experiência única para os turistas.

2. Águas Claras

Águas Claras Chapada Diamantina
Águas Claras

Eu sou completamente apaixonada por Águas Claras. O lugar fica no meio da travessia Lençóis-Capão e você pode tanto fazer a travessia quanto ir e voltar de lá partindo de uma das cidades.

O desafio é conseguir descrever o que é Águas Claras.

O caminho para lá é em um campo aberto. Por isso, você faz toda a caminhada apreciando a paisagem da Chapada Diamantina, com seus morros e vegetação. Para mim, essa é a parte mais encantadora e linda do passeio, porque você avista o Morrão e o Morro do Pai Inácio desde longe e vai acompanhando essas formações rochosas.

E o melhor é chegar na cachoeira de Águas Claras e perceber que o lugar é tão lindo quanto a trilha para chegar lá.

Saindo do Vale do Capão, a caminhada é de, aproximadamente, 5 horas ida e volta. Porém, a trilha é tranquila e plana em sua maior parte. Também recomendo usar o Maps.Me para quem for sozinho.

Você também pode fazer o seu passeio por Águas Claras com uma agência. Esse tour demora cerca de 10 horas e busca você em seu hotel.

3. Vale do Pati

Vale do Pati saindo do Vale do Capão
Vale do Pati

Ah, o Vale do Pati. Toda vez que pendo nele, meu coração fica quentinho. Mesmo se o único atrativo do Brasil fosse o Vale do Pati, eu ainda recomendaria qualquer pessoa a vir visitar nosso país.

Ele está aqui em terceiro lugar na lista, mas é o meu cantinho preferido de toda Chapada Diamantina. Também já perdi a quantidade de vezes que vi o Pati na lista das trilhas e travessias mais lindas do Brasil.

Há diversas formas de chegar lá, mas os três acessos principais são o Vale do Capão, Guiné e a cidade de Andaraí.

Eu recomendo fazer 5 dias de trekking para conhecer bem o Vale do Pati, mas é possível fazer em 3 dias ou até 7 conhecendo lugares diferentes.

Você passará por rios, cachoeiras, mirantes e vai ficar de boca aberta com a paisagem do lugar. É de agradecer por estar vivo.

Você pode fazer o Vale do Pati acampando ou se hospedando com os locais. Recomendo fazer a travessia com guia.

4. Rio Rodas

rio Rodas nas cachoeiras no Vale do Capão
Rio Rodas

Conhecer o Rio Rodas é uma ótima opção para um dia em que você estiver mais cansado e queira ir para uma das cachoeiras no Vale do Capão mais próximas.

Se você sair do centro do Capão, em 40 minutos de caminhada já chega na cachoeira. E a trilha é tranquila. Se tiver disposição, pode aproveitar para continuar até o Rio Preto, pois esses dois pontos de banho ficam no mesmo complexo.

O Rio Rodas oferece vários pontos de quedas d’água com poços para se banhar. As pedras são como paredões de água caindo, formando um cenário bem bonito.

Trilha fácil de 1:20h (ida e volta) andando desde o centro do Capão.

5. Rio Preto

Rio Preto no Vale do Capão
Rio Preto no Vale do Capão

O Rio Preto é um gigante da Chapada Diamantina. Você passa por ele se fizer o Vale do Pati e também o encontra em várias outras trilhas da região.

Saindo do Capão, ele fica na mesma trilha que o Rio Rodas, mas há uma bifurcação para você diferenciar os caminhos. Dá para fazer os dois no mesmo dia porque as trilhas são fáceis e relativamente rápidas.

Cachoeira rio Preto
Cachoeira rio Preto

O Rio Preto tem tanto uma cachoeira em que você pode se divertir quanto um enorme poço de água para se banhar. Esse é um dos principais diferenciais do lugar, já que várias cachoeiras da Chapada não oferecem poços tão grandes.

Trilha de 3 horas (ida e volta) desde o centrinho do Capão. O caminho era mais rápido, mas a trilha precisou ser revitalizada por um caminho alternativo por causa de desmoronamento.

Obs: se você fizer Rio Rodas e Rio Preto juntos, a trilha segue sendo em torno de 3h/3:30h ida e volta, porque boa parte da trilha é compartilhada entre as duas atrações.

6. Cachoeira da Angélica

Assim como você pode fazer Rio Rodas e Rio Preto no mesmo passeio, também pode fazer um combo da Cachoeira da Angélica com a Cachoeira da Purificação.

Se você conseguir ir de carro até a entrada da trilha, vai economizar uma boa caminhada. Do contrário, precisará andar 1:40h do centro da vila até a Cachoeira da Angélica.

Trilha de nível moderado com parte pulando pedras no rio. Para quem não tem experiência, recomendo contratar guia. Caminhando desde o centro do Capão, são 3:20h de trilha (ida e volta).

7. Cachoeira da Purificação

A Cachoeira da Purificação fica na continuação do Poço Angélica. Ou seja, se você for até a Purificação, obrigatoriamente conhecerá as duas cachoeiras no mesmo dia.

Se você não gosta de água gelada, cair na Cachoeira da Purificação pode ser um desafio. Mas vale a pena! O lugar faz jus ao nome e realmente renova as energias.

Trilha moderada de 4h ida e volta, passando pela Cachoeira da Purificação e pelo Poço Angélica.

8. Riachinho

O Riachinho é o queridinho dos moradores do Vale do Capão devido à facilidade de acesso. Apesar de não ser tão perto do centro da vila caminhando, você consegue chegar até lá de carro sem precisar fazer um longo trecho a pé.

É importante ressaltar que há uma taxa de R$6,00 – fevereiro de 2022 – para entrar no Riachinho. A maior parte das outras trilhas do Capão são gratuitas.

Muitas pessoas vão para lá voltando da Cachoeira da Fumaça. Inclusive muitos passeios com agências incluem esses dois atrativos no mesmo dia.

Trilha fácil de 30 minutos (ida e volta) desde a entrada ou 2:30h (ida e volta) desde o centro do Capão.

9. Cachoeira Boa Vista

Esse é um atrativo bem menos visitado e foge dos roteiros maios turísticos. Por isso, essa cachoeira também costuma ficar com menos pessoas, sendo um ótimo lugar para quem gosta de privacidade.

A Cachoeira Boa Vista não fica exatamente no Vale do Capão, e sim na vila Conceição dos Gatos, nos arredores do povoado.

Se você não conseguir uma carona até Conceição, então precisará caminhar 2:30 do centro do Capão só para chegar até a Cachoeira Boa Viagem. Mas caso o carro seja uma opção, então a trilha é bem curta, e em 15 minutos você chega na cachoeira.

Como ela fica em uma propriedade privada, há uma taxa de visitação.

Atrativo pago. Trilha fácil e de 30 minutos ida e volta desde a sua entrada em Conceição dos Gatos.

10. Poço dos Patos

O Poço dos Patos é mais um dos atrativos alternativos aos roteiros mais turísticos.

Ele é a cara da Chapada Diamantina, com uma trilha linda em que você pode observar os morros da região e um poço grande para se banhar.

O Poço dos Patos fica relativamente próximo à Cachoeira da Boa Vista. Do Vale do Capão até são 8 km. Por isso, vale a pena ir de carro ou bicicleta até a entrada e, assim, a caminhada será bastante simples, de 1,5 km.

É um caminho bem bonito que lembra a trilha de Águas Claras por ser um campo bem aberto com vista para o Morrão e outras formações rochosas da Chapada.

O Poço dos Patos é também chamado de Lagoa dos Patos. O lugar é uma cachoeira constante com várias quedas d’água e poços se formando. Por isso, ela não podia deixar de entrar na lista das cachoeiras no Vale do Capão para se conhecer.

Trilha de 30 minutos ida e volta desde a sua entrada. Entrada gratuita e caminhada fácil.

11. Mirante e cachoeira da Princesinha

Mirante da Princesinha no Vale do Capão
Mirante da Princesinha no Vale do Capão

Esse aqui você, provavelmente, não encontrará nos mapas. Poucas pessoas conhecem o lugar porque ele é um mirante mais simples bem próximo da vila com um rio que passa por ali.

O legal desse mirante é que você consegue observar todo o Vale do Capão de cima e a floresta em volta. Um pouco após o Mirante da Princesinha, há o rio em que você pode se banhar quando ele não estiver muito seco.

Para chegar lá, é preciso seguir a rua principal da vila até atravessar o portal. Então você deve continuar na estrada de terra até virar à direita já no final da rua. Recomendo que peça informação por ali porque, mesmo que o caminho seja fácil e próximo, você pode se perder devido à falta de sinalização.

Trilha fácil de 50 minutos ida e volta do centro da vila. Não é sinalizada e nem muito conhecida.

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