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Pará: o que fazer, quando ir e motivos para visitar

O estado do Pará é o segundo maior do país e faz parte da região amazônica. É famoso por abrigar belezas naturais como Alter do Chão e ser o berço de alimentos como o açaí. Veja o que fazer no Pará, quando ir e os motivos para visitá-lo.

Motivos para visitar (e amar) o Pará

  1. Você precisa experimentar o verdadeiro açaí. A fruta vem do norte do país e por lá é saboreada de forma salgada, como acompanhamento nas refeições.
  2. É a oportunidade de conhecer e sentir a energia da floresta amazônica.
  3. Você cruza com dezenas de búfalos pela Ilha de Marajó.
  4. O estado é um presente aos amantes da natureza pois uma imensidão de rios, lagoas, praias, animais e florestas faz parte dele.
  5. É forte a cultura local e você se diverte com as danças tradicionais e se delicia com a gastronomia.

Quando ir ao Pará

Os meses mais chuvosos são de dezembro a abril. É comum ter temporais e isso pode prejudicar alguns passeios. Mesmo assim, vale visitar o Pará em qualquer estação. O estado é quente e tem bastante chuva durante todo o ano. Eu fui em março e adorei.

O que fazer no Pará

O Pará é tão grande quanto a Angola. Por isso, ele possui cenários diversos. Eu vou destacar uma pequena – e maravilhosa – parte dele. Belém, Ilha de Marajó, Santarém, Alter do Chão e a Floresta Nacional dos Tapajós.

1. Belém

Só pelo Parque Zoobotânico Mangal das Garças a capital Belém já vale a pena. Ele tem entrada gratuita e surpreende pela ampla diversidade de animais. Há flamingos, garças, tartarugas, iguanas, araras. A maioria deles fica solto, o que torna o parque ainda mais interessante.

Garças soltas no Mangal das Garças
Garças soltas no Parque Mangal das Garças

Além do parque, em Belém ainda há o famoso mercado Ver-o-Peso, a encantadora Estação das Docas, o passeio pela Ilha do Combú, o espaçoso e movimentado Parque Estadual do Utinga.

Veja os detalhes de cada lugar da capital em Roteiro de 4 dias em Belém.

2. Ilha de Marajó

Perto de Belém se encontra a Ilha de Marajó. A forma mais comum de chegar lá é de barco, são três horas, ou de catamarã, duas horas. Mas há outras opções como carro e navio. Apesar da ilha valer a visita, o trajeto no barco é uma tortura para aqueles que enjoam no mar.

Na minha viagem de ida, cheguei a desmaiar. Isso pois balançava tanto que era impossível ficar em pé no barco. Mesmo assim, considero o saldo do passeio completamente positivo pelos encantos do lugar.

Pôr do sol na Ilha do Marajó, o que fazer no Pará
Entardecer na Ilha de Marajó

A ilha fluvial é instigante. Para começar, a população de búfalos dela é maior do que a de humanos. É comum cruzar com o animal pelas ruas, como quando se encontra um cachorro. Essa característica gera um delicioso resultado, o queijo de búfalo, dificilmente encontrado e abundante pela ilha. É claramente um dos mais saborosos queijos que já provei.

Além disso, a ilha é bonita e abriga diversas praias. Em Soure, seu principal município, o diferencial delas são as árvores com raízes externas e galhos que se entrelaçam, principalmente na Praia da Barra Velha. É interessante observar esse manguezal na seca pois podemos ver a natureza em um ângulo diferente do que estamos acostumados.

Manguezal da Ilha de Marajó
Praia de Barra Velha, Ilha de Marajó

3. Santarém

A cidade de Santarém é a porta de entrada da procurada Alter do Chão. Isso devido ao aeroporto de lá pois a longa distância entre Belém e Alter torna difícil realizar o trajeto de ônibus ou carro.

Indico conhecê-la apenas se o tempo de viagem não estiver apertado, pois há lugares que considero mais interessantes de visitar. Entretanto, é de Santarém que se avista o Encontro das Águas, um fenômeno que considero espetacular.

Da praça do Mirante do Tapajós se tem uma boa vista do encontro do rio Amazonas com o Tapajós, dois dos mais importantes do Brasil.

Isso é tão interessante pois os rios não se misturam devido às diferenças de densidade, temperatura e acidez deles. Então é possível enxergar exatamente onde começa um e termina o outro, como se houvesse uma separação entre eles.

Também há passeios de barco que saem da cidade para apreciar o fenômeno de perto. Caso fique um ou dois dias em Santarém, não deixe de presenciar isso.

4. Alter do Chão

Alter do Chão é um pequeno distrito de Santarém com menos de sete mil habitantes. Entretanto, o lugar é tão encantador que precisei de um post só para ele. São praias paradisíacas, florestas alagadas, riqueza de fauna e flora e o charme das comunidades ribeirinhas são alguns dos encantos da vila.

Além da cultura e diversão do carimbó, sempre presente nas noites de Alter.

Alter do Chão, o que fazer no Pará
Floresta alagada, em Alter do Chão

Quando Ir a Alter do Chão

Alter é daqueles lugares que se transformam com a mudança de estação. Fui no início de março e os blogs diziam que não era uma boa época por causa da cheia. Nos meses do meio do ano, com a estiagem, surgem praias escondidas e bem tranquilas, procuradas pela maioria dos turistas.

Entretanto, o cenário nos meses de cheia é surpreendente e, para mim, inovador. Isso porque é possível passear de barco por florestas alagadas. Muitas vezes, apenas a copa das árvores fica fora d’água. O reflexo do sol nos rios cria um espelho magnífico, formando uma paisagem única e emocionante.

5. FLONA

Próxima a Alter fica também a Floresta Nacional do Tapajós, a FLONA. Foi minha primeira experiência na floresta amazônica e me encantei com todos os detalhes.

Eu percorri a trilha de 9 quilômetros partindo da comunidade de Jamaraquá com o guia local. Foram cinco horas conhecendo a história do lugar, aprendendo como os moradores utilizam as plantas para fazer artesanato, instrumentos e até casas.

Árvores FLONA
Planta usada para fazer casas na FLONA

Surpreendendo-me com árvores centenárias e imensas como as samaúmas que precisam de vinte pessoas para abraçar. Observando a diversidade de flores e animais. E escutando os pássaros responderem aos nossos chamados.

Samaúma
Samaúma, na FLONA do Tapajós

Quando a maior parte dos quilômetros havia sido vencida e o cansaço já me dominava, encontramos o igarapé da região. Então, foi reconfortante aproveitar a água limpa e clara do rio em meio à paz da floresta.

Igarapé FLONA, o que fazer no Pará
Igarapé da FLONA do Tapajós
Nadando no Igarapé FLONA
Banho de rio na FLONA

Após a trilha e de volta à comunidade ribeirinha, ainda conhecemos a produção local de borracha. E, ao retornar a Alter, o caminho de barco até a vila pelo rio Tapajós é repleto de praias fluviais bastante preservadas e encantadoras, que quase chamavam meu nome.

2 comentários em “Pará: o que fazer, quando ir e motivos para visitar”

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