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O que fazer em Campo Grande no MS

Morro do Ernesto, o que fazer em Campo Grande no MS

Vou te contar o que fazer em Campo Grande no MS com os olhos de turista e moradora ao mesmo tempo.

Eu nunca morei na cidade, mas tenho família lá e já visitei a capital do Mato Grosso do Sul três vezes. Claro que fiz os principais passeios turísticos, mas também visitei lugares menos conhecidos sob a influência dos meus parentes que moram lá.

Diante disso, vou contar algumas atividades que você pode fazer em Campo Grande e dar uma ideia de roteiro na cidade.

O que fazer em Campo Grande no MS?

Sem enrolação, seguem as principais atividades que eu recomendo para você que busca saber o que fazer em Campo Grande.

Essa capital do Centro-oeste não tem praias, mas conta com parques, museus, morros e muito comércio. Mesmo que você não tenha muito tempo por lá, consegue fazer um passeio bem legal em um roteiro de 3 dias ou até menos.

Parque das Nações Indígenas

Parque das Nações Indígenas em Campo Grande
Parque das Nações Indígenas

Essa é, provavelmente, a atração turística mais famosa de Campo Grande. O Parque das Nações Indígenas é um complexo que permite a prática de muitas atividades.

Eu nunca gostei tanto de conhecer um parque no Brasil e poucas vezes vi em nosso país um parque urbano tão grande e completo.

Ele possui quadras de esportes, museus, pista de skate, parques infantis, pista de corrida e bicicleta, lagos, e abriga até o Bioparque Pantanal.

Além disso, você encontra uma infinidade de capivaras por lá, passeando por todos os lados do parque. Se você gosta de ver animais, também poderá encontrar aves de diversas espécies no Parque das Nações Indígenas.

Também quero comentar que o pôr do sol de lá é de arrepiar, assim como todo o céu do Centro-oeste.

Esse é um passeio que eu recomendo e o considero o principal de Campo Grande no MS.

  • O parque está aberto diariamente das 6:00 às 20:00.
  • Entrada gratuita.

Bioparque Pantanal

O Bioparque Pantanal foi inaugurado em 2022 e se localiza dentro do Parque das Nações Indígenas.

Ele é o maior aquário de água doce do mundo, o que o torna um atrativo bem interessante, principalmente para as crianças.

Eu já fui a alguns aquários e não achei o Bioparque Pantanal tão impressionante quanto parecia. Entendo que isso acontece exatamente por ele ser um aquário de água doce. Dessa forma, não abriga peixes grandes como tubarões, por exemplo.

Mesmo assim, vale muito a visita para ver uma ampla diversidade de peixes e encontrar jacarés, cobras e outros animais.

Atualmente, a entrada é gratuita e isso permanecerá até 31 de março de 2023. Por isso, se você passar por Campo Grande até essa data, vale muito a pena aproveitar esse passeio gratuito, principalmente porque você pode conhecer o Bioparque Pantanal e o Parque das Nações Indígenas em um mesmo passeio.

  • Horário de funcionamento: de segunda à sexta, das 8:00 às 12:00 e das 13:30 às 17:30. Sábado das 8:00 às 12:00.
  • Visita pode ocorrer sob agendamento pelo site oficial ou por chegada. Se você for em feriados ou alta temporada, corre o risco de o aquário estar lotado. Do contrário, não vejo necessidade de fazer o agendamento previamente.

Museu das Culturas Dom Bosco

Museu das Culturas Dom Bosco em Campo Grande
Museu das Culturas Dom Bosco

O Museu das Culturas Dom Bosco também fica dentro do Parque das Nações Indígenas. Eu, que sou uma curiosa pelo mundo animal e amo conhecer melhor a história do Brasil, amei de verdade conhecer esse museu.

Ele se divide em duas partes principais. A primeira reúne uma coleção bem vasta de fósseis e insetos, assim como animais empalhados em tamanho real.

Eu nunca tinha visto uma sucuri, uma harpia, uma onça, nem diversos outros animais que estavam lá. Então fiquei bem impressionada.

A ala das borboletas também me chamou muito a atenção, porque é incrível observar o quanto elas são lindas de um lado e totalmente camufladas do outro.

A segunda parte do museu é uma coleção indígena que mostra a cultura de diversos povos. Ali você encontra objetos e textos que explicam bastante sobre a forma de vida de cada povo.

Mas vou te dar um conselho valioso: faça a visita guiada porque isso faz toda a diferença na experiência que você vai ter. E você não paga a mais por isso.

Os funcionários do Museu das Culturas Dom Bosco possuem um amplo conhecimento sobre a cultura indígena e me trouxeram informações realmente interessantes e que me fizeram ficar encantada por esse museu.

  • Horário de visitação de terça a sexta das 8:00 às 16:30. Sábados e feriados das 14:00 às 17:30. Obs: o museu não funciona em feriados católicos nem aos domingos.
  • Inteira custa R$20,00 e meia R$10,00. Além disso, crianças de até 8 anos não pagam. O pagamento pode ser feito com cartões de crédito e débito, PIX e dinheiro.

Orla Morena

Orla Morena em Campo Grande
Orla Morena

A Orla Morena é uma opção para você passear do outro lado da cidade, distante do Parque das Nações Indígenas que abriga a maior parte dos atrativos.

Essa orla tem mais de 2km de extensão e é um lugar bem agradável para caminhar, andar de bicicleta e fazer atividades físicas.

Lá você também encontra quadras, pista de patins e de skate, mirantes e até academias a céu aberto.

Por ali passava uma ferrovia e você pode aproveitar para tirar fotos do lugar.

Feira Central

A Feira Central é um espaço bastante turístico de Campo Grande, mas que também é frequentado pelos moradores.

Lá você encontra muitas opções gastronômicas, com restaurantes de todos os tipos. Também existem lojas em que os turistas costumam aproveitar para comprar lembrancinhas da cidade.

Na Feira Central ainda ocorrem shows, principalmente de forró. E vale ressaltar que lá acontece o Festival do Sobá anualmente, o que reúne manifestações musicais, culturais e regionais.

O sobá é o prato mais típico de Campo Grande no Mato Grosso do Sul. Muitos moradores da capital realmente adoram esse prato e o consomem frequentemente. Então prove o sobá e tenha essa experiência gastronômica em sua viagem.

  • Horário de funcionamento: quarta, quinta e sexta a partir das 16:00. Sábado e domingo a partir das 12:00.
  • Entrada gratuita.

Rua 14 de Julho

A Rua 14 de Julho não é exatamente um ponto turístico, e sim um lugar muito frequentado pelos moradores de Campo Grande.

Se você procura um verdadeiro centro comercial, é lá que vai encontrar.

Essa é uma rua importante na capital já há muitos anos e recebeu uma revitalização nos últimos anos que a deixou ainda melhor.

Então se você tem curiosidade de conhecer de perto o comércio de Campo Grande, caminhe um pouco pela 14 de Julho.

Memorial da Cultura Indígena

O Memorial da Cultura Indígena era um grande mistério para mim. Eu li sobre ele em alguns blogs, mas os moradores de Campo Grande não tinham muita informação sobre lá nem sabiam se o lugar ainda funcionava.

Então decidi ir lá para descobrir com meus próprios olhos se a visita valia a pena.

O Memorial da Cultura Indígena fica em uma região mais humilde de Campo Grande, então gostei de caminhar um pouco pelo bairro para realmente ter um panorama geral da cidade, inclusive sobre as desigualdades.

Atualmente, o Memorial funciona mais como uma loja, em que você encontra diversos artefatos indígenas e pode adquirí-los.

Mas eu recomendo mesmo é que você converse com os indígenas gestores do local para entender melhor sobre a história deles e de como trabalham por ali.

Se você é uma pessoa que não sente tanta conexão com a cultura indígena, então provavelmente não vai gostar muito dali.

Também vale ressaltar que as crianças costumam gostar de lá porque elas têm a oportunidade de ver ocas e diversos objetos diferentes dos que estão acostumadas.

Parque dos Poderes

Preciso ser sincera, não vi graça no Parque dos Poderes. Coloco ele em minha lista para explicar minha percepção sobre ele, pois sempre vejo essa atração na lista de atividades turísticas nos blogs.

O Parque dos Poderes é um quarteirão muito arborizado em que se concentram os principais poderes da capital do MS, como diversas secretarias do estado, a Procuradoria Geral e a Governadoria do Mato Grosso do Sul.

Se você gosta de correr ou andar de bicicleta ao ar livre, então pode realmente gostar da região, visto que ela está revitalizada, é bonita, bem verde e com estrutura para ciclistas.

Porém, não me interessei muito pelo Parque dos Poderes além disso.

Parque Estadual da Prosa – CRAS

Essa sim foi a minha paixão de Campo Grande, o Parque Estadual da Prosa e o CRAS.

Primeiramente, preciso deixar claro que essas duas atrações estão fechadas no momento em que escrevo este texto, janeiro de 2023. Porém, se você for observador de aves, como eu, pode solicitar a autorização com a guarda ambiental para visitar o espaço.

Eu amei visitar o CRAS e ver tantos animais em recuperação, sendo cuidados. Destaco um tucano que passou por uma cirurgia no bico de implante e já está se readaptando para ser inserido na natureza.

Além do CRAS, com a autorização você pode caminhar um pouco pelo Parque Estadual da Prosa, o que é a oportunidade perfeita para ver e ouvir uma ampla diversidade de aves.

Eu fiquei igual criança fotografando tudo o que via. Mas reforço que, sem autorização, a guarda ambiental não deixará você entrar no parque.

Morro do Ernesto – Rochedinho

Morro do Ernesto
Morro do Ernesto

Se você é um amante de trilhas e mirantes como eu, vai gostar de conhecer o Morro do Ernesto.

Ele fica na Fazenda Córrego Limpo, então é um lugar privado. Do centro de Campo Grande para lá você demora em torno de uma hora de carro, ou seja, é relativamente distante.

A fazenda fica em Rochedinho, um distrito divisa de Campo Grande com Jaraguari. Não é difícil chegar lá seguindo o Maps e as placas do local.

A Fazenda Córrego Limpo conta com algumas cachoeiras, mas são quedas pequenas e não foi isso o que chamou a minha atenção no lugar. Mesmo assim, você pode aproveitar um dia inteiro lá se refrescando e terminando o passeio vendo o pôr do sol no Morro do Ernesto, que é a cereja do bolo.

A trilha para o Morro do Ernesto tem 2,5km de extensão, que você consegue cumprir em cerca de 50 minutos. O início dela é o mais difícil, porque é mais íngrime e cansativo do que a etapa final da trilha. Mesmo assim, se você estiver acostumado com caminhadas, não terá grandes dificuldades no trajeto.

A vista lá de cima é realmente linda e o pôr do sol dá um show. Eu tirei muitas fotos e aproveitei cada momento.

  • Horário de funcionamento: apenas sábados, domingos e feriados. Entradas das 6:00 às 16:00. Saída até 18:30.
  • O valor do day use é R$20,00 e crianças de até 12 anos não pagam. Obs: não existe meia-entrada

Roteiro de 3 dias em Campo Grande

  • Dia 1: Parque das Nações Indígenas, Museu Dom Bosco e Bioparque Pantanal durante o dia. Feira Central pela noite.
  • Dia 2: Orla Morena e Rua 14 de Julho durante o dia. Descansar pela noite para caminhar bastante no dia seguinte.
  • Dia 3: Complexo do Morro do Ernesto com as cachoeiras e trilha para o mirante.

Outras cidades para conhecer no Mato Grosso do Sul

Rio Verde do Mato Grosso
Rio Verde do Mato Grosso

Muitas pessoas ficam poucos dias em Campo Grande, pois desejam mesmo ir a Bonito ou ao Pantanal. Mas o que pouca gente sabe é que o Mato Grosso do Sul tem muitos outros lugares fantásticos a oferecer.

A três horas de carro de Campo Grande, por exemplo, fica Rio Verde do Mato Grosso, a cidade da foto deste tópico que tive o prazer de conhecer e me banhar em suas águas.

Um pouco mais distante, já no norte do estado na fronteira com Goiás, fica a cidade de Costa Rica, que é o meu destino preferido de todo Mato Grosso do Sul.

Ainda posso citar outras cidades com grande potencial turístico como Alcinópolis, Bodoquena e Corumbá.

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